terça-feira, 17 de abril de 2012

Quando um jovem índio da tribo Cherokee se torna homem

Quando o adolescente estava prestes a se tornar um homem na tribo Cherokee, ele vivenciava um ritual de passagem: O pai levava o filho para a floresta no final da tarde, vendava-lhe os olhos e deixava-o só.
O filho sentava-se sozinho no topo de uma montanha por toda a noite e não podia remover a venda dos olhos até que sentisse na pele os primeiros raios de SOL, ouvindo a natureza em volta saudando a alvorada.

Se ele passasse a noite toda lá, seria considerado um homem pelos Cherokees. Ele não poderia contar a experiência vivida para nenhuma outra pessoa, pois a vivência de tornar-se HOMEM é única e esse ritual era sagrado; eles aprendiam isso desde muito pequenos. Enfrentando o desconhecido, a escuridão, o adolescente ficava naturalmente amedrontado.

Ele ouvia toda espécie de ruídos que geravam fantasias medonhas. Os animais selvagens poderiam aproximar-se, cobras e insetos poderiam picá-lo; o frio, a fome poderiam chegar; o vento possivelmente soprava assustador, mas ele deveria permanecer consigo mesmo e nunca retirar a venda. Na cultura Cherokee esse era o ritual para ser considerado um HOMEM.

Após uma noite terrível, o SOL brilhava e aquecia e a venda poderia ser finalmente removida. O jovem candidato a HOMEM descobria, então, que seu pai esteve ali sentado a poucos metros a noite inteira, protegendo-o de todos os perigos. 

Nisso ele percebia que um dos fatores que levam os Cherokees a considerar um menino como HOMEM é a confiança, a fé, é saber que a vida é um grande paradoxo, onde nos momentos de maior solidão, quem nos criou jamais nos abandona.

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