Era uma vez em um reino muito
distante, um soberano que era amante da fauna e da flora e que tinha um burro
de estimação chamado Mudinho.
Mudinho (já de 30 anos) o
acompanhava desde a sua juventude e fora o seu padrinho que o presenteou.
Certa vez, o rei baixou um
decreto, convocando todos os sábios do reino para que ensinassem seu burro a
falar. Os seus súditos acharam um absurdo e chegaram à conclusão que o rei
precisava de tratamento. O povo que era mais direto, disse que o rei estava
ficando gagá, ou melhor, esclerosado. Mas de nada adiantou.
Passou algum tempo e nenhum
sábio se habilitou àquela proeza. No entanto, passando por aquele reinado um
homem velho e astuto, ficou sabendo do decreto e se apresentou ao rei e dizendo:
Em dez anos farei o burro falar, mas em troca eu quero cama, mesa e banho nas
mais altas regalias.
O rei achou muito tempo, mas
acabou concordando, pois o seu desejo de ouvir Mudinho falando era imensurável.
Todos ficaram indecisos, duvidosos e admirados daquela insana empreitada do
velho e diziam que louco não era o rei e sim ele que ao término do prazo, seria
morto.
Um dia, uma criança perguntou
ao velho se o burro realmente falaria um dia e ele respondeu: Por que importas?
Daqui a dez anos um de nós três não existirá mais! A criança ouviu, mas não
compreendeu nada. Mas o velho sabia que a longevidade de um burro é apenas de
30 a 35 cinco anos.
Está escrito: O
entendimento, para aqueles que o possuem, é fonte de vida... (Provérbios
16: 22)
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