quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Janela da fé


Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles era obrigado a ficar sentado na cama durante uma hora todas as tardes para drenar líquido dos pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro só podia ficar deitado de bruços. Eles conversavam muito.

Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar, onde eles costumavam ir passar férias. Todas as tardes, quando o homem perto da janela podia sentar-se, passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que podia ver através da janela.

O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele ouvia o outro contar que da janela via-se um parque com um lago muito bonito. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos.

Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores, que eram de todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podiam ser vista no céu da cidade. Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, fazia-o de modo primoroso e delicado, com detalhes.

O outro fechava os olhos e imaginava a cena pitoresca. Numa tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não pudesse escutar a música, podia ver e descrevia tudo. Dias e semanas passaram-se.

Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens, mas achou um deles morto.
O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o sono, à noite. Entristecida, chamou os colegas para levarem o corpo. O outro homem pediu à enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela e a enfermeira ficou feliz em poder fazer-lhe esse pequeno favor.

Depois de verificar que ele estava confortável deixou-o sozinho. Vagarosamente, pacientemente, ele apoiou-se nos cotovelos para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Esticou-se ao máximo, lutou contra a dor para poder olhar através da janela, até que conseguiu fazê-lo.

E deparou-se, surpreso, com... Um muro branco. Confuso, perguntou à enfermeira o que teria levado seu companheiro a d ‘escrever-lhe tantas coisas tão belas, todos os dias, se pela janela só se via um muro branco!?
Ela respondeu: O outro homem era cego. Talvez só quisesse distrair e alegrar o senhor com suas histórias.

O Senhor Jesus disse: O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos. (Provérbios 15: 30)
Por isso é sempre importante falar de coisas boas e não de coisas ruins.

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