quarta-feira, 20 de junho de 2012

Avareza



Conta uma história que havia dois mendigos que cresceram juntos e eram amigos inseparáveis. Desde crianças nunca se separaram e agora, idosos, viviam correndo o mundo. Certo dia, passaram perto de uma ponte e viram uma corrente se desenterrando bem no barranco do rio e, como os mendigos vivem fuçando aqui e ali, eles acabaram desenterrando a corrente e puxaram-na com força.

Na ponta da corrente, de dentro do rio, apareceu um baú enorme, contendo um tesouro muito grande. Depois de muito festejar, eles combinaram que iriam repartir o tesouro. Quando ambos foram carregar as suas partes, não aguentaram, pois há muitos dias não se alimentavam e estavam fracos.

O que parecia mais esperto dos dois teve uma ideia: — Ora, amigo!
Nós agora somos imensamente ricos. Pegue um pouco de ouro, vá até a cidade e compre comida para nós. Eu ficarei cuidando do nosso tesouro.
O outro não achou má ideia, porém, ao sair, teve um pressentimento: — E se ele fugir com o tesouro? Não, ele não vai fazer isso... Somos amigos há muitos anos!

Foi-se para a cidade e à tardinha voltou trazendo uma refeição forte e gostosa para o amigo. Viu o tesouro, mas não enxergou o amigo. Onde estaria? Depois de chamá-lo pelo nome várias vezes, ele apareceu traiçoeiramente com um punhal, que cravou bem sobre o coração do amigo. Seus olhos brilharam. — Agora o tesouro é só meu.

Se antes eu podia comprar dezenas de casa com a metade, agora posso comprar uma cidade inteira com tudo. Toda aquela maquinação contra o amigo, causara-lhe mais fome ainda. Apanhou a comida que o amigo trouxera e comeu à vontade. Descansou um pouco, apanhou o baú com o tesouro e foi-se. De repente, sentiu-se mal. A sua visão escureceu-se e ele tombou morto, espalhando aquele tesouro em terreno arenoso.

Conclusão: O amigo havia tido a mesma ideia que ele – de ficar com todo o tesouro e por isso colocara veneno na comida. O avarento sempre tem um fim trágico...
Disse o Espírito Santo: Por que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. (1 Timóteo 6: 10)

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